terça-feira, 28 de outubro de 2008

[POESIA] Brumas Vermelhas


Ventava adiante
e ainda assim,
inebriado e galante,
Ele prosseguiu...

Pensava em destino
Dragões e princesas,
paixões e desejos...
Quando a ponte ruiu...

Percebeu receio,
omissão e descrença
em cada palavra,
Que ela proferiu...

Havia algo
que não se entendia...
Soprou-lhe um verso,
Que não se ouviu...

Fitou-a nos olhos
Empunhou o seu arco
Montou seu cavalo
E apenas partiu...

Uma eterna lembrança
restou ao poeta,
refeito da paixão
que nunca existiu...

Pedro Cordier

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